Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre TRANSGÊNICOS, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mosquito transgênico é testado em Juazeiro, na Bahia, para combater a dengue.



Uma boa notícia sobre a dengue chega da Bahia. Os pesquisadores criaram um mosquito transgênico para ajudar na prevenção. Além de comida, agora tem mosquito geneticamente modificado. A repórter Juliana Souza, da TV Bahia, foi até a cidade de Juazeiro, onde os testes estão sendo feitos. O laboratório é uma extensão do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, onde começaram os primeiros estudos no Brasil para produzir o mosquito da dengue geneticamente modificado.

Para saber por que esse laboratório foi parar no sertão da Bahia, é preciso falar primeiro de outro inseto: a mosca da fruta, que destrói plantações de frutas. Em Juazeiro fica em uma das maiores regiões produtoras de frutas do país. Para diminuir a infestação, os agricultores já usam moscas estéreis. Eles cruzam com fêmeas e os ovos delas não conseguem se desenvolver. Assim a população diminui. Os pesquisadores aproveitaram esta estrutura usada pelos agricultores para ampliar as pesquisas sobre o mosquito da dengue geneticamente modificado.

O mosquito transgênico macho carrega um gene que é repassado para a fêmea quando eles cruzam. Os filhotes desenvolvem uma proteína que destrói o próprio organismo e eles não conseguem chegar à fase adulta. No meio ambiente, as fêmeas não sabem diferenciar o mosquito geneticamente modificado do que não é. Portanto, quanto mais machos transgênicos disponíveis para cruzamento, maior a chance da população diminuir. As primeiras solturas dos insetos começaram nesse bairro de Juazeiro, onde é grande a infestação do mosquito transmissor da dengue.

Armadilhas como essa foram colocadas em várias casas da comunidade e 19 mil mosquitos transgênicos foram soltos por aqui. A média capturada vai mostrar como ficou o lugar depois que os transgênicos chegaram. Os pesquisadores acreditam que somente daqui a seis meses poderão saber exatamente quanto diminuiu a população do mosquito transmissor da dengue nessa área estudada. Enquanto isso, a recomendação é não abandonar as práticas de cuidar bem do quintal de casa.

A melhor dica para prevenir a dengue ainda é combater os focos de acúmulo de água. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.


Fonte: Mais Você - 09/03/2011
Disponível em: http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1652497-10345,00.html

5 comentários:

Diego Marques disse...

Achei muito interessante a estratégia de diminuir a população de mosquitos introduzindo um macho estéril. Só que tenho algumas objeções a fazer quanto a isso: em quanto tempo teremos uma eventual queda na população de mosquitos, de modo que o risco de transmissão de dengue seja sensivelmente reduzido (poderíamos verificar isso indiretamente, relacionando a capacidade de transmissão com o número de pessoas infectadas - ou seja, com quadros confirmados de dengue)? A outra questão é de cunho ambiental: se diminuirmos o número de Aedes aegypti, outra espécie não poderia ocupar o seu nicho? O vírus da dengue (e também febre amarela, ambos flavivirus, se não me engano) não poderiam mutar para novos hospedeiros (é algo meio Lamarckismo)? Como isso teria impacto na cadeia alimentar? E por aí vão os questionamentos... Mas é algo válido, sobretudo se queremos parar uma epidemia que grassa a saúde pública há anos...

Fátima Franco disse...

Artigo bastante interessante

Fortaleza disse...

gostei bastante tambem sobre essa questao bastante importante

lu disse...

considerando que cada espécie ocupa um papel impartante na cadeia tróifica acredito que toda introdução de qualquer espécie requer de muito estudo. Nao são conhecidas as consequecias que esta introduçao pode acarretar.

Anônimo disse...

a fiocruz ja descobril a vacina contra avacina para o vírus dentgue em 2011.Hoje já temos o mosquito genêrico e a bactèria.mesmo assim 800milhoes sao gastoscom o controle do virus(seg radioagencianacional)e pessoas morrendo,sempre,sempre.Enquanto isso, o ms joga a responssábilidade para a populaçao durante 24 anos!por que um país nao consegue vencer um vírus transmidido pelo um ser inosente que faz parte do sistema ecologico, por que?