Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre TRANSGÊNICOS, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Entidades criticam CTNBio por liberação do milho transgênico - IDEC

Risco de contaminação genética das culturas tradicionais é uma das preocupações do Greenpeace e Via Campesina.

Brasília, DF - Em nota divulgada nesta quarta-feira (16), a Organização Não-Governamental (ONG) Greenpeace afirmou que a decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) de liberar a comercialização do milho transgênico libertlink demonstra o descaso do governo federal com a saúde, o meio ambiente e a agricultura. "A liberação foi dada sem uma regulamentação prévia dos processos e documentação necessários para garantir a biossegurança do país", diz a nota, divulgada logo após a decisão da comissão.

Segundo a organização, "apesar de todas as evidências científicas que mostram os riscos de contaminação genética com a liberação de milho transgênico no meio ambiente", a CTNBio aprovou o pedido de liberação feito pela multinacional Bayer, dona da patente do libertlink.

"Desde novembro de 2006 o Greenpeace tem alertado para a irresponsabilidade que representa a liberação comercial do milho transgênico no Brasil, tanto pela falta de estudos realizados no país sobre os impactos no meio ambiente, quanto pelos inúmeros casos de contaminação já registrados em outros países", afirma a ONG.

Para a Via Campesina Brasil, que também divulgou nota após a decisão da CTNBio, não há nenhuma garantia de que o milho transgênico possa coexistir com as diferentes formas de agricultura (convencional, transgênica, orgânica e agroecológica).

"O cruzamento do milho é do tipo aberto, ou seja, o vento, as nossas roupas, tudo pode levar o pólen transgênico e contaminar as outras sementes. O risco de perda de material genético original e a própria perda do direito de escolha do consumidor estão seriamente comprometidos com a liberação comercial desse tipo de milho", diz a Via Campesina, que reúne sete entidades ligadas aos camponeses.

Já o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), integrado por cientistas e pesquisadores, elogiou a decisão da CTNBio. Também em nota à imprensa, afirmou que o milho transgênico é atualmente cultivado e consumido em diversos países. "Até hoje não foi identificado nos produtos transgênicos dano algum à saúde humana, animal ou ao meio ambiente. Esses produtos só chegaram ao campo e à mesa dos consumidores após diversas e rigorosas avaliações científicas", ressaltou a CIB.

(Fonte: Agência Brasil, por José Carlos Mattedi)

Data: 18/05/2007

http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=8136

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