Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre TRANSGÊNICOS, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Greenpeace destaca aumento na rejeição a transgênicos após caso Bayer

da Efe, em Amsterdã

A organização internacional Greenpeace publicou nesta quinta-feira um relatório no qual destaca a rejeição aos transgênicos manifestada por diferentes governos e empresas.O representante do Greenpeace, Jeremy Tager, denunciou em comunicado que "há provas irrefutáveis de que governos, agricultores e consumidores de todo o mundo reconhecem que a engenharia genética é pouco confiável, inviável e perigosa". Tager ressaltou que a rejeição à manipulação genética aumentou consideravelmente desde o escândalo na empresa Bayer, em 2006, desencadeado quando uma variedade proibida de transgênico, a LL 601, foi descoberta em cultivos de arroz de grão longo nos EUA. O Greenpeace destacou as reações contrárias aos transgênicos de empresas como a espanhola Ebro Puleva, que, segundo a organização ambientalista, decidiu produzir arroz livre de manipulação genética por causa do escândalo da Bayer. Além disso, diversos produtores da Califórnia pediram a proibição do cultivo de arroz transgênico nesse estado. Segundo os ecologistas, iniciativas semelhantes surgiram na Tailândia, na Índia, no Vietnã e na China. O Greenpeace publica estas reações horas antes da divulgação do relatório anual do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA), organismo que promove o cultivo de transgênicos.

18/01/2007 - 16h25 - http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15896.shtml

Plantação de transgênicos bate recorde mundial em 2006

Críticos dizem que o aumento do uso de transgênicos não aliviou a fome no mundo

SAN FRANCISCO, EUA - Um grupo de defesa da biotecnologia informa que um número recorde de lavouras geneticamente modificadas foi plantado em todo o planeta no ano passado, ao mesmo tempo em que críticos das produções transgênicas afirmam que os supostos avanços não vão além da criação de variedades resistentes a pragas, não mais nutritivas, e que boa parte da produção foi destina ao consumo animal, o que minaria a alegação de que a biotecnologia ajuda a reduzir a fome no mundo.
A despeito das críticas, o grupo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agribiotecnológicas, apoiado pela indústria do setor, apresentou o recorde como evidência de que lavouras criadas para reduzir o uso de pesticidas podem aliviar a pobreza e beneficiar financeiramente os pequenos produtores.
Cerca de 10,3 milhões de fazendeiros, em 22 países, cultivaram produtos geneticamente modificados em 101 milhões de hectares no ano passado, 13% a mais que em 2005, de acordo com o relatório. Cerca de 9,3 milhões desses fazendeiros são considerados agricultores de subsistência.
Estados Unidos, Argentina e Brasil são os três países que mais cultivaram transgênicos no ano passado, na maior parte, soja. A Índia triplicou sua área de algodão transgênico, para 3,8 milhões de hectares.

Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/jan/18/343.htm - 18/01/2007

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Transgênicos reduzem em 15% uso de agrotóxicos

O estudo “Impactos Globais das Lavouras GM: Efeitos Sócio-Economicos e Ambientais nos Primeiros Dez Anos de Uso Comercial”, do economista inglês Graham Brookes em parceria com Peter Barfoot, acaba de ser publicado no volume 9 do AgBioForum, publicação especializada em assuntos de agrobiotecnologia (http://www.agbioforum.org). Um estudo anterior, relativo aos impactos nos primeiros nove anos (período de 1996-2004), havia sido apresentado em setembro de 2004, em Porto Alegre (RS), durante a realização do IV Congresso Brasileiro de Biossegurança, pela ANBio ( Associação Nacional de Biossegurança).

Pela avaliação baseada em metodologia inédita e que compreende a última década, os resultados são altamente positivos, do ponto de vista sócio-econômico e também do ponto de vista ambiental. “Para nós, que acompanhamos a evolução da biotecnologia aplicada à agricultura, desde o início de sua implantação, os resultados vêm apenas corroborar o que temos observado no dia-a-dia”, observa a pesquisadora Leila Oda, presidente da ANBio. A cientista ainda acrescenta que “o estudo tem grande importância científica, porque descreve os benefícios efetivos que o plantio acumulado de 400 milhões de hectares, durante os últimos 10 anos, de culturas geneticamente modificadas em diversos países do mundo trouxe globalmente”.

Com relação aos impactos globais ambientais, o cultivo de transgênicos, desde 1996, proporcionou uma redução global na ordem de 15,3% no volume de utilização de agroquímicos, totalizando 224 mil toneladas a menos na emissão direta de agrotóxicos no meio ambiente.

Somam-se a este resultado a diminuição do uso de combustível nas lavouras, devido à redução da aplicação do pesticida e, também, a redução na emissão de gás carbônico pelas lavouras transgênicas, em conseqüência da sua compatibilidade com o uso da técnica do plantio direto, que propicia a conservação do solo. Assim, a redução do uso de agroquímicos, de 1996 a 2005, mais os fatores resultantes combinados proporcionaram, juntos, a diminuição de mais de 9 milhões de toneladas de emissões de CO2 na atmosfera, o que representa retirar de circulação todos os carros da cidade de São Paulo durante um ano.

Economicamente, de 1996 a 2005, os agricultores que cultivaram variedades transgênicas obtiveram um aumento cumulativo na renda no total de US$ 27 bilhões. Só em 2005, esses chegaram a US$ 5 bilhões, o que demonstra uma tendência de alta. A maior parte desses rendimentos tem sido acumulada por agricultores de países em desenvolvimento que cultivaram algodão resistente a praga e soja tolerante a herbicida. No Brasil, em função da adoção da soja tolerante a herbicidas, esta economia chega a quase US$ 1,4 bilhões.

O estudo completo:

Graham Brookes e Peter Barfoot são economistas da PG Economics Limited, empresa inglesa especializada em aconselhamento e consultoria em agricultura e atividades baseadas em recursos naturais. A versão deste estudo foi publicada no periódico sobre gerenciamento de agrobiotecnologia e economia AgBioForum (Journal of Agrobiotechnology Management and Economics). As informações são da assessoria de imprensa da ANBio.

- Mais informações no website www.agbioforum.org.

Redação - 16/01/2007 - Fonte: Agrolink

Galinha transgênica escocesa produz drogas anticâncer

Instituto Roslin

Galinha transgênica cujos ovos têm proteína humana



DA REUTERS

Um grupo do mesmo instituto britânico que clonou a ovelha Dolly produziu galinhas transgênicas que produzem drogas contra o câncer em seus ovos.
Segundo o Instituto Roslin, em Edimburgo (Escócia), as drogas produzidas na clara dos ovos incluem um anticorpo monoclonal -proteínas do sistema imunológico sintetizadas em laboratório- e uma proteína imunológica humana usada no tratamento do câncer.
Essas proteínas são difíceis de produzir em laboratório, e o uso de animais transgênicos como "biofábricas" permite sua síntese em larga escala.
Animais como cabras, ovelhas e vacas transgênicas já são usados como biofábricas. Mas as galinhas apresentam uma vantagem nesse processo, devido ao seu ciclo de vida curto e à quantidade de ovos que elas põem.
O grupo de Helene Sang relata hoje na revista "PNAS" o uso de vírus para infectar embriões de galinha com os genes desejados: o miR24, que codifica um anticorpo monoclonal usado no tratamento do melanoma (câncer de pele) e o que codifica a interferona humana b-1a, membro de uma família de proteínas especializadas em atacar tumores e vírus.
Os frangos transgênicos foram cruzados com galinhas normais até produzirem fêmeas capazes de sintetizar as proteínas de interesse em seus ovos. Os genes estão inseridos no gene da ovalbumina, proteína que compõe metade da clara.


Fonte: www.folha.com.br data: 16/01/07

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Lucro da Monsanto cresce 52,5% no trimestre

A multinacional americana Monsanto, uma das maiores empresas de agroquímicos e biotecnologia do mundo, e que é sediada em Saint Louis (EUA), encerrou o primeiro trimestre fiscal de 2007 (concluído em 30 de novembro) com lucro líquido de US$ 90 milhões. O resultado é 52,5% superior ao obtido em igual intervalo do ano fiscal anterior, informou a companhia em comunicado.

A receita líquida no período aumentou 9,5%, para US$ 1,539 bilhão. A maior expansão ocorreu no segmento de herbicidas, cuja receita com vendas aumentou 14,6%, para US$ 859 milhões. O faturamento com sementes de milho, soja e hortaliças cresceu 3,6%, para US$ 680 milhões. A empresa associou o resultado ao aumento nas vendas do defensivo Roundup no Brasil e nos EUA, e ao bom desempenho nas vendas de transgênicos triplos (com três modificações genéticas na mesma semente), lançados em 2005 nos Estados Unidos.

A empresa informou ainda que, neste ano, deverá testar mais variedades transgênicas do que em qualquer outro ano de sua história. Entre as sementes em teste estão soja com alto teor nutritivo; soja e milho com maior teor de óleo e sementes resistentes à seca.

Fonte: 05/01/07 - Valor Econômico